quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Não queremos SOPA, queremos liberdade!!

Hoje, também participamos do protesto contra o SOPA, projeto de lei que poderá ser aprovado nos Estados Unidos, no próximo dia 24 de janeiro.

Este projeto visa bloquear o acesso a sites e aplicações na Internet que sejam consideradas violadoras da propriedade intelectual norte-americana.

Se aprovado, nenhuma empresa sediada nos EUA poderá permitir o acesso a um site acusado de “roubar” imagem, vídeo, música, texto ou software de cidadãos ou corporações norte-americanas, sob pena de ser considerado um verdadeiro cúmplice. A lei exige que, em cinco dias, todas as referências a estes sites sejam apagadas. Isto quer dizer que se um blog for acusado de violar o copyright de algum americano, o Google e o Yahoo serão obrigados a deletar todas as referências a ele. Também a Wikipedia deverá suprimir todos os links que teriam para este blog, mesmo que os enlaces tratassem de outro tema.

Ou seja, apesar de o SOPA ser um projeto de lei Americano, não afetará apenas os Estados Unidos, pois o país concentra quase todos os serviços e sites que utilizamos diariamente, e que podem ser afetados tais como Youtube, Facebook, WordPress, Google, Gmail, Twitter, e muitos outros.

A Marcha Mundial das Mulheres é um movimento que luta pela liberdade das mulheres para decidir sobre sua vida, em todas as esferas. Somos fruto de uma história de construção feminista que compartilha ideias e práticas, recombina ações, citações e processos a partir da realidade e experiência das mulheres de todas as partes do mundo. Não somos criminosas por compartilhar músicas ou imagens que nos inspirem a seguir em luta contra o machismo, ou por traduzir, legendar e difundir vídeos produzidos nos Estados Unidos, ou por recombinar imagens e produzir um cartaz que sintetize nossa visão política.

As produções intelectuais de todo o mundo dependem do trabalho de milhões de mulheres com a produção do viver, com o trabalho doméstico e de cuidados que produz e reproduz a vida todos os dias. Nos Estados Unidos, quase todos os produtores supercriativos da indústria cinematográfica têm sua casa limpa por uma mulher, muitas vezes imigrante, negra e ilegal. Sabemos que este trabalho invisível, também realizado por mulheres de maneira gratuita, é fundamental para a criatividade e inovações em todo o mundo.

A luta contra o machismo é a luta cotidiana pela construção da liberdade.

Estamos em luta pela liberdade das ideias e pela internet livre. Mas também queremos uma internet livre do machismo, em que as mulheres não sejam alvo de violência sexista, que não sejam perseguidas por sua sexualidade e que não sejam tratadas como objeto.

Seguiremos em marcha, nas ruas e na rede, até que todas sejamos livres!

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