terça-feira, 1 de dezembro de 2009

No Dia 1° de dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Aids

Rio Grande do Sul apresenta a maior taxa de incidência de Aids do país

SOMOS denuncia a má gestão e falta de políticas públicas
que colocam o RS com maior taxa de incidência de aids no país

O Laboratório Central de Saúde Pública do RS - LACEN está com o equipamento de contagem de carga viral quebrado e a impressora que imprime os exames de CD4 está sem funcionar. Com isso, os pacientes que fizeram seus exames ainda no início de novembro, e teriam que monitorar seu Estado de Saúde, estão sem saber se precisam ou não realizar mudanças em seus tratamentos para o enfrentamento da doença. Este é o quadro da saúde pública no RS para quem vive com HIV/Aids no Estado.

Este descaso e a falta de políticas públicas tem ïmpacto imediato na saúde da população gaúcha e podem ser traduzidos em números. O dados do último boletim epidemiológico, publicado no último dia 26 de novembro, pelo Ministério da Saúde, mostra que o Rio Grande do Sul é, sem dúvida, o Estado mais problemático do país, apresentando o maior número de casos por 100 mil habitantes..

No boletim verificamos que, embora a epidemia de aids no Brasil seja considerada estabilizada, o Sul, ao contrário, a epidemia cresceu. Por aqui as taxas de crescimento variaram de 32,3% por 100 mil habitantes, em 2005 para 43,8% em 2007, sendo o Estado do Rio Grande do Sul, o Estado com maior taxa de incidência do país, com 43,8 casos por 100 mil habitantes.

O Rio Grande do Sul também bate récorde ao verificarmos os dados das cidades brasileiras que tem mais de 50 mil habitantes. Das 20 ciades com maior incidência, 15 estão no Estado:

1. Porto Alegre (RS): 111,5
2. Camboriu (SC): 91,3
3. Canoas (RS): 83,0
4. Itajaí (SC): 81,2
5. São Leopoldo (RS): 72,9
6. Alvorada (RS): 72,8
7. Sapucaia do Sul (RS): 70,3
8. Viamão (RS): 68,5
9. Balneário Camboriu (SC): 67,9
10. Cruz Alta (RS): 64,9
11. Rio Grande (RS): 59,4
12. Florianópolis (SC): 57,4
13. Esteio (RS): 56,7
14. Cachoeirinha (RS): 54,0
15. Guaíba (RS): 53,0
16. Pelotas (RS): 51,9
17. Gravataí (RS) 49,9
18. Camaquã (RS): 47,7
19. Criciúma (SC): 47,1
20. Novo Hamburgo (RS): 44,6

"Além de problemas nos serviços, podemos constatar o desmonte da equipe que trabalhava na seção de DST/AIDS da Secretaria de Saúde, falta de aplicação dos recursos repassados pelo Governo Federal para a área, dificuldade em realizar convênios e editais públicos para projetos de prevenção desenvolvidos pela sociedade civil, são outros problemas que nós constatamos", afirma Gustavo Bernardes, coordenador do Grupo SOMOS Comunicação, Saúde e Sexualidade que atua na defesa dos Direitos Humanos e na prevenção às DST/HIV/AIDS.

Fonte: Somos
http://somosglbt.blogspot.com/

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