segunda-feira, 9 de março de 2009

somos mulheres de luta!


8 de março de 2009


Ato Internacional na Fronteira Bi-Nacional = Riveira/Livramento

Saímos de Santana do Livramento as 16:30 do dia 8 de março de 2009. Um dia que ficará na história do RS.O ato reuniu cerca de 8 mil pessoas (não temos o número exato), de vários países do Cone Sul, e de vários estados do Brasil. Eramos mulheres e homens de centrais sindicais, movimento feminista e movimentos que tem em sua trajetória a discussão das pautas das mulheres. Do campo e da cidade, estávamos construindo consenso em temas como legalização do aborto, violência contra as mulheres e a impunidade, e igualdade no mundo do trabalho. Um documento foi tirado ao final do encontro que também estaremos reproduzindo em seguida.

As mulheres camponesas da Via Campesina (cerca de 700 mulheres) ocuparam esta madrugada (9) uma fazenda da Votorantim onde cortaram eucaliptos, como forma de denunciar os riscos desta monocultura e o problema da água, porque em muitos lugares não temos água pras pessoas e animais. http://www.mst.org.br/mst/home.php

Abaixo reproduzimos a postagem da Cristina Feio em seu blog, sobre as atividade de Livramento:
Terça-feira, 17 de Março de 2009

8 de Março - Dia Internacional da Mulher na fronteira Brasil-Uruguai

A Marcha Mundial de Mulheres - MMM, o Fórum Estadual de Mulheres, a CUT - Central Única dos Trabalhadores, as demais centrais trabalhistas brasileiras e a Coordenadora das Centrais Sindicais do Cone Sul, reunindo a CTA - Argentina e a CTN - Uruguai, mulheres do MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, do MNLM - Movimento Nacional de Luta pela Moradia, do MTD - Movimento dos Trabalhadores Desempregados, representantes da Economia Solidária e de outras entidades do Movimento Popular e sindical, realizaram no 8 de março, dia Internacional da Mulher, várias atividades na cidade de Santana do Livramento, na fronteira do Brasil com o Uruguai.
Na manhã do dia 07 de março, mais de 40 ônibus vindos da capital e de diversos pontos do RS chegaram à cidade trazendo mulheres para tornarem a região o alvo de discussões sobre o fim da impunidade relacionada aos crimes de violência na fronteira.

Desde a manhã do sábado, com a caminhada Binacional, que se iniciou no Brasil e foi até o Uruguai - passando por várias ruas de Rivera, cresceu a visibilidade do movimento unificado das mulheres. A população local foi esclarecida por meio de panfletos - redigidos nas duas línguas: Português e Espanhol - que explicitavam os principais eixos das lutas das mulheres.
- Soberania Alimentar - fim da monocultura e defesa do bioma Pampa
- Igualdade salarial entre homens e mulheres
- Pelo fim da violência contra as mulheres e pela criação de um protocolo conjunto de extradição em regiões de fronteira do Brasil com os demais países do Cone Sul, a fim de garantir o fim da impunidade

Na tarde de sábado, mais de dez Oficinas de Formação e de Debate sobre diversos temas como Economia Solidária, Cooperativismo, Consumo Consciente, Saúde da Mulher, Aborto, Direitos da Mulher, Lesbianidade, Feminismo, troca de experiências sobre a aplicação da Lei Maria da Penha e outras atividades tiveram na Escola Rivadávia Correa a participação maciça de centenas de companheiras.
No domingo, dia 8 de março, realizou-se a Assembléia Geral das Mulheres e o Lançamento da Frente Nacional pela Legalização do Aborto, tendo como palco o lado uruguaio da fronteira, no Teatro Rivera, a partir das 10 horas da manhã.
Dessa assembléia, foi redigida em conjunto o documento: "Carta das Mulheres", contendo o conjunto de reivindicações dos movimentos populares e das Centrais Sindicais presentes. Depois desse momento, a Marcha das Mulheres seguiu até
o Parque Internacional, que marca a fronteira entre os dois países, onde foi realizado o Ato de leitura do documento.

Postado por Cristina Lemos - confira mais materiais no http://mulheresindicalista.blogspot.com/
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